As empresas investem tempo, recursos e preocupam-se com o processo de seleção de novos colaboradores, sendo ele relevante ao aumentar as oportunidades para o colaborador se integrar na nova equipa. Entretanto, cabe destacar que o maior índice de rescisões de contratos de trabalho se dá no primeiro ano da vida do novo colaborador na organização. O problema está na seleção ou na integração?
Algumas pesquisas indicam que, apesar de um adequado processo de seleção, grande parte dos problemas reside na forma como a empresa recebe o novo colaborador. Muitas empresas não se ocupam da socialização do novo colaborador, subentendendo que ele em breve fará parte da equipa, naturalmente. Não é bem assim!
Para os colaboradores antigos tudo parece tão óbvio, porque eles têm os seus círculos de amizade e sabem quem são os outros. Inclusive sabem o que os outros fazem, quando e como. Estão na sua zona de conforto. Entretanto, para quem está a chegar tudo é novo, estranho e até intimidador. Se por um lado eles chegam estimulados, porque se trata da oportunidade que esperavam, por outro lado, estão assustados, porque tudo é desconhecido. E nesse ponto, cabe aos gestores tomar a consciência de que tudo o que parece tão óbvio para quem já está na empresa não o é para quem está a chegar. E esse período pode estender-se ao longo do primeiro ano.
Com isso, realizar ações de socialização e integração, ocupando-se de quem é novo na organização, tende a diminuir as rescisões de contrato no período. São ações humanas que valorizam quem chega, assim como são ações inteligentes que valoriza um investimento já feito. Pergunta-se: o novo colaborador é realmente bem-vindo na sua organização? Quais são ações de socialização e de integração que estão programadas?
Moacir Rauber
Palestrante, Coach e Escritor
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