Foram divulgados os resultados da quarta edição do estudo “Happiness Works”, que publica anualmente os níveis de felicidade dos profissionais portugueses e que resulta de uma parceria entre a consultora Horton International e o docente da Universidade Autónoma, Georg Dutschke. De acordo com a análise dos dados, em 2015 a felicidade organizacional é de 3,6 numa escala de 5 pontos. Assim, os profissionais portugueses são “Quase Felizes”, verificando-se um acréscimo de 0,2 valores em relação ao ano de 2014. Em Portugal, apenas nos últimos anos se adensou o estudo académico sobre a positividade e a felicidade no local de trabalho, bem como sobre a sua influência nos níveis de produtividade dos colaboradores.
Segundo autores internacionais, organizações felizes são mais criativas e têm maior potencial para provocar mudanças. Nos seus estudos, Gretchen Spreitzer demonstrou que estas organizações reportam menos casos de depressões e esgotamento e perdem menos dias de trabalho (-74%). Logo, não só são mais saudáveis na sua vida pessoal como também poupam custos às empresas relacionados com despesas de saúde, absentismo e rotatividade de colaboradores.
Em Portugal, o estudo “Happiness Works” dá conta que os profissionais que se consideram mais felizes faltam por motivos de doença, em média, 2,4 vezes. Já os menos felizes, dão 9,3 faltas pelo mesmo motivo - uma diferença de 79%. No mesmo sentido, os colaboradores mais felizes dizem-se mais produtivos do que os menos felizes (mais 55%). Acresce-se ainda que quem se diz mais feliz pensa menos em mudar de empresa (-40%). Por fim, quem é mais feliz na sua vida profissional também o é na sua vida pessoal (mais 54%).
Relativamente aos fatores que mais influenciam a felicidade no desempenho da função, destaca-se a satisfação com os objetivos - não só com os que lhes são traçados, mas também com o cumprimento dos mesmos. No fundo, os colaboradores sentem-se felizes com a sua produtividade. No que concerne à organização, a satisfação o ambiente interno, o reconhecimento e confiança, a sustentabilidade e inovação, e o equilíbrio e vida pessoal são os maiores instigadores da felicidade.
Relativamente aos setores de atividade mais felizes, encabeça a lista o setor da construção e imobiliário, seguido pelos setores da indústria e do comércio por grosso e a retalho, podendo ser associado a este o aumento do consumo e das exportações. No fim da tabela surge o setor do Estado.