O IDE - Investimento Directo Estrangeiro em Portugal caiu 46% no ano passado face a 2009, para 1,1 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde 2004. A queda em Portugal quase quadruplicou a observada na média dos países europeus, onde o IDE recuou 12%.
Os dados constam de um estudo da Ernst & Young, o “Portuguese Attractiveness Survey 2011”, com base em 207 entrevistas a executivos representativos do perfil do investidor em Portugal, que atribuem as responsabilidades à “ausência de crescimento económico, aumento de impostos e níveis elevados de dívida pública”. A deterioração do “rating” da República levou a que muitos investimentos tivessem sido abortados, sobretudo ao nível de fusões e aquisições, sendo apontado por 60% dos 207 inquiridos como “negativa” para a captação de IDE.
No caso português, “inverter a situação e rumar para o crescimento, por via de estímulos à economia é o passo seguinte”, incentivos que, de acordo com os entrevistados, devem ser dados através de apoio a PME (33%), redução da carga fiscal (31%), apoio às indústrias de alta tecnologia e inovação (24%), facilitar o acesso ao crédito (19%), investimento em projectos de infra-estruturas de natureza urbana (13%) e fortalecimento da ligação entre as universidades nacionais e as estrangeiras de renome (12%).
Segundo o mesmo estudo, os sectores que poderão atrair mais IDE são: turismo; tecnologias de informação; energia e “utilities”; e, actividades relacionadas com o mar. O estudo destaca o caso particular do sector geológico no subsegmento dos recursos metálicos no que respeita à concretização de investimento a curto prazo.
Fonte: Agência Financeira