28 julho, 2016

Gigantes tecnológicas visitam Portugal


As maiores empresas tecnológicas do mundo vão visitar Portugal, na sequência de um convite feito pela AICEP - Agência de Investimento para o Comércio Externo de Portugal em parceria com instituições portuguesas e incubadoras, entre as quais a Startup Braga. 

O grupo de empresas, constituído pela Amazon, Apple, Arbnb, Facebook, Square e Twitter, visitará Portugal entre julho e setembro. Com o objetivo de conhecer o panorama empresarial e empreendedor de Portugal e potenciar as relações e oportunidades de negócio, estas visitas consistirão em reuniões entre as empresas e empreendedores, investidores e instituições de apoio ao empreendedorismo.

A iniciativa concretiza-se no seguimento de um roadshow no qual a AICEP participou nos Estados Unidos, no qual deu conta da falta de conhecimento que estas empresas têm sobre o ecossistema empresarial português.

Atualização no programa de trabalho do Horizonte 2020


A Comissão Europeia anunciou esta semana uma atualização no plano de trabalhos do Horizonte 2020, que estabelece as prioridades para o projeto em 2017. Entre a atualização, encontra-se a introdução de um novo elemento que os projetos poderão incluir, na forma de um Plano de Gestão de Dados, cuja tipologia padrão é a de dados abertos.

Esta medida surge como resposta à necessidade de recolha de dados abertos que possam ser facilmente utilizáveis por investigadores e/ou inovadores. A medida tem o objetivo de diminuir a duplicação de esforços e aumentar a criação de dados para gerar um maior impacto na sociedade. Assim, encoraja as empresas a partilharem bases de dados, com custos de gestão de base de dados elegíveis para financiamento. Existe ainda a possibilidade de manter os dados gerados pelo projeto como confidenciais, contudo tal necessitará de ser devidamente justificado.

O programa vai incluir uma maior flexibilidade para incentivar a investigação em políticas de migração e desenvolvimento de meios de combate ao crime e terrorismo. Entre outras prioridades de investimento encontram-se: a Economia Circular; as políticas de mudança climática; a medicina preventiva e personalizada; a segurança digital; as cidades sustentáveis e “smart”; e, tecnologias e padrões para condução automática.

Para mais informações visitar ec.europa.eu/programmes/horizon2020.

26 julho, 2016

Candidaturas à Medida Estímulo Emprego encerradas


O Governo português acaba de anunciar que as candidaturas à Medida Estímulo Emprego estão encerradas até setembro de 2016. Esta suspensão, com efeitos imediatos, não invalida que as candidaturas que já foram submetidas sejam objeto de análise, mantendo-se a elegibilidade dos candidatos de acordo com as regras estabelecidas na portaria até então em vigor (Portaria n.º 149-A/2014, de 24 de julho).

Com uma configuração ainda desconhecida, o objetivo do Governo será introduzir novos apoios à contratação, alterando as regras das medidas atuais e fazendo alterações ao sistema de informação das candidaturas. Assim que os respetivos formulários se encontrem disponíveis, as empresas que apresentam ofertas de emprego junto do IEFP poderão submeter candidaturas ao abrigo das novas regras de apoio à contratação.

Mais informações em www.iefp.pt.

21 julho, 2016

Programa Capitalizar pretende aumentar o investimento em capital das PME


O Programa Capitalizar consiste no lançamento de dois Instrumentos Financeiros de apoio a investimento em empresas portuguesas: a Linha de Crédito com Garantia Mútua; e, a Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível. Estas linhas pretendem apoiar o desenvolvimento de novos produtos e serviços ou inovações ao nível de processos e produtos.

Já estão abertas candidaturas para a linha de capital reversível. A esta linha de financiamento podem candidatar-se business angels e instituições bancárias ou capitais de risco, para a realização de investimentos no capital de PME, podendo esta posição ser revertida, por iniciativa das empresas.

Por seu lado, a linha de crédito com garantia mútua destina-se às PME e diferencia-se dos restantes mecanismos que existem ao permitir montantes de financiamento superiores aos atualmente praticados: mais de 4,2 milhões de euros e uma redução dos limites máximos dos spreads. Mais informações em: www.ifd.pt.

Empresas húngaras visitam Portugal


A EEN - Enterprise Europe Network organiza na Associação Empresarial de Portugal, no próximo dia 26 de julho, pelas 9h, em Leça da Palmeira, uma Missão Empresarial Multissetorial da Hungria ao nosso país para promover o networking e oportunidades de negócio entre empresários.

O evento é gratuito, mas a reunião com empresas requer uma inscrição prévia. As empresas húngaras manifestam interesse em contactar empresas portuguesas a operar nos seguintes setores de atividade: Sistemas inteligentes de armazenamento energético; Design, engenharia e produção de fontes de alimentação ininterrupta; Soluções solares de conversão; Transporte e eliminação de resíduos; Peças mecânicas sobressalentes e ferramentas de estampagem de metais; e, Acessórios para portas e janelas.

Para se inscrever e poder obter mais informações sobre o evento, visite www.aeportugal.pt.

Portugal à frente de Espanha, Grécia e Polónia em inovação


A Comissão Europeia publicou os resultados de 2016 do Painel Europeu da Inovação, do Painel de Avaliação da Inovação Regional e do Inobarómetro.

Num ranking liderado pelos países do norte e centro da Europa, Portugal encontra-se perto da média europeia em inovação e à frente de países como Espanha, Grécia e Polónia. O ranking avalia dimensões como investimento em inovação e investigação e desenvolvimento, publicações científicas, emprego em áreas de conhecimento, registo de patentes e outros efeitos económicos. Portugal apresenta uma melhor performance na área dos recursos humanos, encontrando-se acima da média europeia. Este indicador avalia a quantidade de novos doutorados, população com cursos superiores e níveis de educação.

A nível internacional verifica-se que o nível de inovação da União Europeia está-se a aproximar dos níveis do Japão e dos Estados Unidos da América. Prevê-se que nos próximos dois anos, a maioria das empresas irá manter ou aumentar o nível de investimento em inovação.

Para saber mais, deverá consultar o European Innovation Scoreboard em www.ec.europa.eu.

14 julho, 2016

EDIT VALUE® Formação Empresarial certificada em Segurança e Higiene no Trabalho


A EDIT VALUE® Formação Empresarial obteve a certificação pela DGERT em mais uma área de formação, nomeadamente a "862 - Segurança e Higiene no Trabalho", o que lhe permite, doravante, dinamizar formação certificada nesta área onde se incluem os Primeiros Socorros.

Destaca-se, neste âmbito, a Lei n.º 102/2009 de 10 de setembro que faz impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de organizarem os serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho, como pressuposto de uma melhoria efetiva das condições de trabalho.

Para tal, as entidades empregadoras devem organizar os serviços adequados, internos ou externos à empresa, dinamizando formação que vise sensibilizar/formar os colaboradores sobre riscos e doenças profissionais e atitudes preventivas a adotar para uma melhoria da segurança e da saúde.

Novas candidaturas ao FEE: “Edifícios Eficientes” e “Administração Pública Eficiente”


Até ao dia 8 de novembro de 2016, estarão abertas as candidaturas no âmbito do FEE - Fundo de Eficiência Energética, que tem como objetivo reduzir o consumo de energia da parte de pessoas singulares e coletivas que sejam proprietárias de edifícios de habitação unifamiliar, ou de edifícios de serviços, respetivamente.

São suscetíveis de apoio, a aquisição de sistemas solar térmicos, substituição de aquecedores convencionais, janelas eficientes, isolamentos de coberturas, paredes e pavimentos e sistemas iluminação eficiente. As entidades são apoiadas com um apoio não reembolsável entre 35% a 60% do valor dos gastos referidos, até um limite máximo de 7.500 euros.

No mesmo âmbito, estão abertas as candidaturas para a Administração Pública de apoio a projetos que promovam a melhoria do desempenho energético, através da substituição dos equipamentos existentes por outros mais eficientes, ou através da implementação de dispositivos de controlo que permitam otimizar as condições de uso e consumo de energia. Para mais informação, consultar www.pnaee.pt.

Concurso da Startup Braga para empreendedores dos países da OIJ


A Câmara Municipal de Braga e a Startup Braga vão organizar um concurso para premiar aplicações mobile, por jovens empreendedores dos países que fazem parte do OIJ - Organismo Internacional da Juventude para a Iberoamérica.

A equipa vencedora terá direito a um prémio monetário de 7.500 euros, 6 meses gratuitos de incubação na Startup Braga e acesso ao programa BizSpark (que garante 3 anos de acesso gratuito a software, serviços e apoio tecnológico da Microsoft).

O “You Start Me App” está aberto a empreendedores em nome individual e equipas que tenham um fundador ou gestor entre 18 e 35 anos. A fase de apresentação de candidaturas decorre até 31 de outubro de 2016. Estas e outras informações disponíveis em www.startupbraga.com.

Candidaturas abertas ao programa “+Património +Turismo”


O Turismo de Portugal e a Portugal Ventures lançaram o programa “+Património +Turismo” que pretende apoiar startups e novos negócios, de base local ou regional, na área do turismo. O programa tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento de atividades turísticas associadas à valorização do património cultural e natural do nosso país e dinamizar a criação de projetos que visem a fruição turística do nosso património cultural e natural.

O programa conta com um orçamento de 10 milhões de euros e vai apoiar projetos com um financiamento com um limite de 500 mil euros. São elegíveis projetos que: desenvolvam atividades associadas ao património ou animação turística, ou espaços de interesse; projetos associados ao alojamento turístico que sejam inovadores; e, plataformas de base tecnológica que de alguma forma promovam o turismo ou património. Entre as mais-valias para os beneficiários, encontra-se ainda o acompanhamento por peritos nos projetos financiados pela Portugal Ventures e a oportunidade de serem incubados e acelerados em pólos de inovação internacionais.

As candidaturas decorrem até 31 de julho de 2016 e os participantes devem submeter os seus projetos no portal da Portugal Ventures: www.portugalventures.pt.

07 julho, 2016

PT2020: Inovação Produtiva (PME e não PME)


O sistema de apoio “Inovação Produtiva” apoia projetos que contribuam para incrementar atividades inovadoras no tecido empresarial, capacitar as empresas nesse âmbito e facilitar o desenvolvimento de produtos, promovendo a produção transacionável e internacionalizável e a alteração do perfil produtivo do tecido económico.

No âmbito deste programa de apoio e incentivo são elegíveis: a aquisição de máquinas e equipamentos produtivos; equipamentos informáticos e software específico; despesas de construção; aquisição de direitos de patentes, nacionais e internacionais; licenças ou conhecimentos técnicos não protegidos por patentes; software standard ou desenvolvido especificamente para determinado fim; despesas relacionadas com a candidatura (TOC ou ROC); serviços de engenharia relacionados com a implementação do projeto; estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing, projetos de arquitetura e engenharia; e, formação de recursos humanos.

Ao contrário do que acontece com a maior parte dos programas do Portugal 2020 (cuja natureza do incentivo é a “fundo perdido”), o SI Inovação assume a forma de apoio reembolsável não sendo cobrados juros ou quaisquer outros encargos. Caso os resultados do projeto sejam superados após a sua execução, é possível que uma parte do apoio não tenha de ser reembolsado. Relativamente aos investimentos elegíveis, o valor mínimo é de 75 mil euros e o limite máximo é de 25 milhões de euros.

As candidaturas a estes projetos decorrem até 30 de setembro de 2016. Todas as informações sobre este e outros programas de apoio e incentivo, disponíveis em www.portugal2020.pt.

Vale Incubação: Acreditação de Entidades


A medida Vale Incubação é um programa novo do Portugal 2020 que tem como objetivo dinamizar a capacidade empreendedora e fomentar as condições para a aceleração e sucesso de novas empresas, apoiando o desenvolvimento do negócio por via da contratação de serviços de incubação a incubadoras previamente acreditadas.

Os serviços de incubação a prestar pelas entidades acreditadas no âmbito dos “Vales Incubação” terão como objetivo acelerar e fomentar, pelo período máximo de 1 ano, a capacidade empreendedora e as condições para o sucesso comercial nacional e internacional de novas empresas, geradas por um empreendedor ou numa equipa de empreendedores, em atividades relacionadas com indústrias criativas e culturais, e/ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento ou que valorizem a aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços, potenciando o sucesso no mercado de novas startups, em atividades inovadoras e de valor acrescentado.

O processo de acreditação das incubadoras está aberto até 16 de setembro de 2016 e deve ser efetuado através de formulário eletrónico disponível no Balcão 2020.

06 julho, 2016

Crise… Mudança… e as Pessoas?


Integradas num ambiente em mutação, as organizações promovem transformações que lhes permitam ser competitivas, assumindo os despedimentos maciços de pessoal como a solução ideal. A redução da força de trabalho, num tempo de crise como é este em que vivemos, é encarada como uma tentativa de minimizar custos, racionalizar recursos. Esquecem-se, todavia, que esta medida gera enormes custos, humanos e financeiros, constitui uma irracionalidade total, não tendo quaisquer efeitos benéficos para a organização. Mais grave, muitas vezes os despedimentos servem para encobrir erros de gestão (ou são a consequência destes), resultam da incapacidade de encarar os verdadeiros problemas, ou funcionam como uma simples medida paliativa para um mal que mais dia menos dia voltará a surgir, levando a nova vaga de despedimentos.
Mas a redução de pessoas não é uma resposta apropriada a problemas competitivos resultantes da fraca qualidade, ausência de flexibilidade, lacunas de formação, incapacidade para enfrentar as estratégias dos concorrentes,… Se estes e muitos outros são os reais problemas com que as organizações se defrontam, a redução de pessoas, o recurso aos despedimentos, muito provavelmente duplicará a dificuldade em os solucionar.
Todos sabemos que há períodos de crise, de declínio, em que os despedimentos são inevitáveis. Mas também é verdade que o declínio não surgiu repentinamente. É, antes, resultado de uma degradação que se começou a verificar tempos atrás, e que a gestão foi incapaz de enfrentar atempadamente, acabando por sofrer quem menos contribuiu para aquela situação, as Pessoas.

Esta forma de solucionar os problemas mostra-se dispendiosa já que pode conduzir a uma deterioração da motivação dos sobreviventes, a uma quebra da qualidade do trabalho e produtividade, a uma degradação da imagem da empresa,… Mais ainda, como irão reagir os novos colaboradores das empresas cuja imagem foi denegrida pelos despedimentos? Irão dedicar-se a uma empresa que lhes pode vir a fazer o mesmo? Como se vão sentir e comportar, doravante, os sobreviventes de um despedimento muitas vezes incorreto ou injustificado, quando sabemos que é com estes que a empresa vai lutar pela sua competitividade? 

Carolina Machado
Professora Associada
Escola de Economia e Gestão
Universidade do Minho