17 fevereiro, 2016

A Liderança no Feminino


A gestão de topo nas empresas permanece maioritariamente na mão de homens, apesar dos estudos apontarem que as mulheres têm maior inteligência emocional e que são até mais capazes de trazerem maior retorno aos investidores. Por que são então tão poucas a ocupar a cadeira de CEO? De acordo com um artigo publicado pelo Portal da Liderança, nos EUA a percentagem de CEO do sexo feminino nas empresas da Fortune 500 é de apenas 5%, ainda que o sexo feminino represente 45% da força de trabalho no índice S&P.

Em Portugal, só 9,9% dos lugares na administração das empresas cotadas em bolsa são ocupados por mulheres, sendo que não há uma única executiva a liderar organizações que constem no PSI20, de acordo com um estudo apresentado em março de 2015 pela Informa D&B. Em comparação com o ano de 2011, o número de mulheres em cargos de liderança em Portugal aumentou 5,3 pontos percentuais, para 28,2%. No entanto, a gestão continua a ser fortemente masculina - cerca de 44,9% das organizações têm liderança exclusivamente masculina e 12,2% são compostas por apenas mulheres.

No entanto, e de acordo com a pesquisa da Mintigo, foi constatado que nos EUA, as CEO lideram empresas cujas receitas por colaborador/a são até 18% superiores face às receitas das lideradas apenas por homens. E, em geral, as empresas comandadas por mulheres partilham as seguintes caraterísticas por comparação com as conduzidas por homens: equipas de marketing mais robustas; níveis de publicidade mais elevados; planeamento de eventos mais destacados; e, maior presença online.

Embora seja unânime que o género não devesse ser a principal razão para contratar ou não alguém, se apostássemos na igualdade de géneros, um CEO feminino poderia compensar a qualquer empresa. Estudos recentes destacam a inteligência emocional superior das mulheres, a capacidade de ler uma situação avaliando corretamente as emoções das outras pessoas, bem como a da própria, o que resulta num melhor desempenho das tarefas. E são melhores colaboradoras, o que explica em parte por que as organizações com maior proporção de mulheres em cargos de topo superam as restantes.

Sara Oliveira
Consultora-Formadora
EDIT VALUE® Formação Empresarial